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terça-feira, 1 de setembro de 2015

6. Fortaleza de Santa Teresa - Uruguai

Depois de um ano de muito planejamento, partimos rumo ao Uruguai. Nos primórdios do planejamento a ideia era conhecer apenas o Cabo Polônio. Os planos foram evoluindo e no final tinhamos plano A, B e C. Um deles tinha que dar certo.. hahaha Em resumo seguimos o plano A até a metade da viagem... mas aí já é história para outro post... Quem nos auxiliou na elaboração do roteiro foi o sr. Maurício e a dona Maristela, amigos que conhecemos no camping de Garopaba tempos atrás e nos deram várias dicas para nossa road trip.

Como cantava Raulzito: "Sonho que se sonha só é apenas um sonho, sonho que se sonha junto é realidade..." Portanto nosso primeiro destino ficava a +- 1100km. #partiu Parque Nacional de Sta Teresa.



Saímos às 23:30 de Floripa, rodamos durante toda a madrugada, parando para descansar por 30min (às 6:30 da manhã em Camaquã - RS). O trecho da Br-116 que passa por Pelotas é terrível, exigindo muito cuidado na tocada, o que acaba cansando muito. Chegamos no Chuí às 11:30 da manhã, exatos 12hs depois de ter começado a longa jornada.
  
Para entrar no Uruguai não tem segredo, basta seguir reto que irás parar na aduana, onde é solicitado os documentos do veículo, a carta verde e a identidade das pessoas que adentrarão ao país. O padrão de atendimento é meio parecido com o funcionalismo público no Brasil, digamos assim sem muita vontade.



Documentos em mãos, carro liberado, "bora tocar" para o camping que o cansaço da viagem começou a bater. Rodamos mais 40km até chegar ao Parque Nacional e a primeira "atração" no caminho é a estrada que se transforma em pista de pouso para aviões. 





Mais a frente encontraríamos a placa com a indicação "Fortaleza de Sta Teresa". Entramos no parque e logo procurei a indicação da Playa de la moza, que seria a região mais "adequada" para o camping, com energia e água nas parcelas. (Em algumas regiões não tem energia nem água).

Placa de identificação no parque - várias dessas.


Primeiro passo OK, região localizada, segundo passo procurar algo para comer... pelos relatos que li, no local teriam "mini mercados", portanto não precisaria levar muita coisa do Brasil, até pela questão da aduana (fronteira), porém como era inverno estava tudo fechado.

Um dos estabelecimentos fechados


Depois de muito rodar, descobrimos que existia outra entrada para o parque, e que nesta entrada havia um restaurante, o "La Pataia". Foi literalmente a salvação, mas para chegar até ele tivemos que dar a volta por fora do parque, aprox. 4km, pois não conseguimos nos localizar pelas vias dentro do parque.

La Pataia

Finalmente às 15:30 estávamos tomando o café da manhã, almoço, janta, sei lá qual era a refeição, no "La pataia", um belo "Chivito al plato para 2". Nosso primeiro de muitos chivitos (tivitos). A cotação da moeda estava R$1 = 7 UYU


Em qualquer restaurante tem chivitos... na dúvida peça um chivito! (R$71,50)

Cardápio - na dúvida pede um chivito

Abastecidos, partimos para a playa de la moza montar acampamento. As áreas de camping são divididas em "parcelas" identificadas por tocos de árvores pintados de azul com uma numeração ao centro. Por lá companheiras barulhentas são as caturritas. Fazem um barulho simplesmente infernal, são muitas e não param, mas para nossa sorte, ao cair da noite elas se recolhem e ficam quietinhas hahaha. Como rodamos o parque todo, constatamos que o reduto dessa ave é justamente a região da Playa de la moza, em outros locais a incidência é praticamente nula.

Nossa parcela no camping

 
Um dos incontáveis ninhos de caturritas...


Caturrita


 


Como acampamos no inverno, o banho com "água caliente" funcionava das 17:00 às 19:00 em apenas um quiosque com estrutura bem precária - quando falo em estrutura precária, é bem precária mesmo! Ao menos havia água caliente :)

Quando chegamos para fazer um reconhecimento no recinto, havia um gaúcho de cueca do lado de fora com um cigarrinho do capeta enquanto as "mina"tomavam banho no banheiro masculino... não sabemos onde eles se entocaram depois disso... não os vimos mais... uma cena hilária...

Como estávamos praticamente na praia, durante a noite fez muito frio, algo em torno de 3ºC. O isolante térmico deu uma aliviada, mas estava beeeem frio.


Descansados, tiramos o 2º dia para desbravar o parque. A temperatura estava agradável, então partimos rodar... é muito grande... das 3 praias conhecemos 2, visitamos o zoológico, a pajarera e o principal, a fortaleza. Por baixo acho que rodamos uns 30km só pelo parque.


Alguém se achou com o Rex :)

Cuartelillo de Bomberos

Fortaleza de Sta Teresa

Fortaleza de Sta Teresa

Fim de tarde caindo, hora de se proteger do frio e fazer belas fotos.



O céu estrelado dava indícios de um dia ensolarado

Que falta fez uma grande angular kkk

Depois de mais uma noite gelada, constatei que o sereno foi muito forte, praticamente uma chuva, e na hora de dobrar a barraca não teve jeito... sujou tudo. Da próxima vez vou lembrar de levar uma lona extra.

Orvalho pela manhã - praticamente uma chuva


O amanhecer foi muito frio, a água da torneira estava simplesmente congelante, o jeito foi aquecer uma panela com água para fazer a higiene matinal... O dia começou sem nenhuma nuvem, perfeito para o programa do dia: Cabo Polônio... mas esse fica para um próximo post.

Amanhecer após uma noite gelada

O camping na verdade é um Parque Nacional... gigantesco! As áreas de camping são bem sinalizadas e tem pra todos os gostos: desde camping selvagem (sem água e luz), até o estruturado, dividido em "parcelas" com energia, água e WC próximo.

Pagamos o equivalente a R$ 88,00 por 2 diárias para 2 pessoas, ou seja, R$ 22,00 a diária.  Como haviam poucos campistas (contamos 5) recebemos a informação de que a cobrança seria feita "directamente en su carpa". Dito e feito, logo pela manhã apareceu um militar para hacer la cobrança. Era o sr. Javier, um figuraço, com uma moto que mais parecia uma maria fumaça, mas rodava. Não consegui tirar foto, uma pena... feito a cobrança seu Javier soltou: "que bela carpa, es buena?" Foi a deixa pra rolar a conversa...

 Vale muito conhecer esse parque. Muitos conhecem a fortaleza e logo vão embora, com certeza um erro! hahah
 

Carro e moto utilizado pelo sr. Javier (os 2 funcionam)

Ponto de energia com disjuntor


Ponto de água na parcela

Área de camping bem definida


 

Área de camping bem definida



Uma volta pelo camping...




Outras fotos...



Entrada Principal do Parque Nacional de Sta Teresa

Vista parcial





Mirador de Ballenas



Gostou do camping?  Ficou com alguma dúvida? 

É só postar aí nos comentários, será um prazer trocar uma ideia!





4 comentários:

  1. PArabéns pela postagem. Estivemos lá em julho........ como estávamos de trailer não precisamos usar os banheiros.. mas me diga.... onde estava este que funcionava???? juro que procuramos e só encontramos banheiros fechados com cadeado. Tinham algumas barracas e nao sabemos que banheiro usavam...... abraços e sucesso.

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    1. Obrigado Marcos... acampamos lá dia 23 e 24/07... Adicionei um vídeo, e o banheiro aparece aos 5:48... Não achamos o invernáculo... vcs chegaram a visitar? procuramos e não encontramos hahaha abraçao

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  2. Olá Leandro, estou passando para retribuir a visita em nosso blog. Ficamos felizes em saber que vocês foram mesmo ao Santa Tereza. Desculpa pelo mercado fechado, é que fomos no verão, quando tudo funciona muito bem. O invernáculo fica em frente ao La pataia, do outro lado da rua, descendo as escadas. Um abraço... e boas viagens!!

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